Nessa clássica pintura de Rafael Sanzio, vemos retratada a Academia de Platão com seus vários pensadores discutindo ideias. Alguns dos filósofos retratados na pintura nem mesmo pertenceram ao século de Platão, porém Rafael cria ali um panorama geral de toda a filosofia antiga clássica.
No centro da pintura, está Aristóteles discutindo com seu mestre Platão. E existe uma pequena pista sobre o que os dois sábios estariam conversando. Platão está apontando com a mão direita para cima, enquanto que Aristóteles aponta para frente e para baixo. Esses gestos sintetizam a clássica discordância entre os dois filósofos, uma vez que Platão sempre acreditou que a verdade reside no mundo das ideias, enquanto que seu discípulo insistia que a verdade reside no mundo material, e somente este mundo existiria, não duas realidades distintas como queria seu mestre.
Também encontramos na pintura o matemático Pitágoras, que acreditava que o número seria a essência por trás da estrutura do Cosmo.
Outro pré-socrático que surge na tela é o melancólico Heráclito, para quem o mundo sofre uma constante transformação, a qual percebemos pela passagem do tempo. Essa transformação é chamada de Devir, e por conta dela a cada instante somos novos indivíduos. Por isso Heráclito falava: "É impossível pisar no mesmo rio duas vezes".
O próprio Sócrates também marca presença no afresco de Rafael, e como era comum em suas andanças por Atenas, está cercado de ouvintes, os quais de maneira sempre irônica desafiava com suas desconcertantes perguntas. Lembrando também que Sócrates teria sido a principal inspiração de Platão, e mesmo não tendo vivido para conhecê-la foi portanto fundamental para que um dia a Academia viesse a existir.
Outro matemático importante retratado na obra é Euclides, cujos princípios formulados lhe deram o nome de "Pai da geometria".
Talvez um dos responsáveis pela fama de "loucos" que os filósofos receberam entre o senso comum, Diógenes, o Cínico, foi um exilado que ao chegar em Atenas decidiu que levaria uma vida longe de qualquer luxuria, e buscaria apenas as virtudes da alma. Vivia como um mendigo, dentro de um barril e foi um grande crítico dos hipócritas.
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ResponderExcluirE a única mulher?
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